Por que não gosto de redes sociais

As redes sociais existem há algum tempo já, mas a sua presença na vida das pessoas tem apenas aumentado desde os saudosos anos 2000 até os dias de hoje. O que antes era apenas uma forma mais rápida de receber informações sobre o cotidiano, ou ainda, uma forma direta de conexão com as pessoas e conteúdos de seu interesse. Porém, atualmente, as redes sociais têm se tornado algo muito pior, que eu te demonstrarei neste texto.

Antes de mais nada, quero deixar alguns pontos bem claros:

  1. Não sou mais um daqueles típicos “velhos anti-internet” espalhados por aí que simplesmente ficam falando mal de tudo o que vem pela frente sem nenhuma espécie de embasamento científico e conhecimento de mundo sobre aquilo que estás a realizar uma crítica. Tudo aqui será cientificamente embasado.
  2. Este texto reflete, obviamente, única e exclusivamente a minha opinião acerca deste tema embasada em estudos que abordam o uso de redes sociais e seu impacto, além de diversas observações minhas feitas ao longo dos anos.
  3. Antes que comecem a pensar isso, já vou adiantando que não sou nenhum Deus perfeito que nunca usou ou foi afetado por redes sociais. Se minha memória estiver correta, criei minha primeira conta em rede social em 2012. Na época, era no Facebook e, ao longo da década de 2010, fui criando contas em outras como o Instagram, Twitter, Discord e Reddit. Sendo assim, sou uma pessoa igual a tu, o leitor deste texto.

Atualmente, o efeito colateral que mais está se revelando é o psicológico das pessoas. A mídia, como sempre, atrasada, está dando a importância para este tema desde 2019 até hoje, 2024. Os efeitos colaterais mais comuns são:

  • Ansiedade
  • Baixa Auto-Estima
  • Comparação com os outros
  • Fobia Social

Vamos aos números: uau 😱

De acordo com o Poder360, o Brasil é o terceiro país que mais usa Redes Sociais no mundo todo, e isso é algo que podemos comprovar na realidade. Tu mesmo faça o teste em sua cidade, ao colocarmos os pés na rua, sempre vai ter alguém usando seu telefone em alguma rede social.

Se formos ver os números, então são em torno de 127 MILHÕES de usuários de redes sociais, apenas no Brasil. As redes sociais na matéria, que mais são o YouTube, Instagram e Facebook, sendo, as três com 96,4%, 85,1% e 81,4% de alcance, respectivamente.

O Datafolha, em 2022, trouxe dados interessantes sobre problemas psicológicos que as redes sociais trazem aos seus usuários. Leia aqui. De acordo com o estudo, das 2098 pessoas entrevistadas, 38% se sentem pressionadas pelo o que as outras pessoas acharam de sua postagem, em torno de um terço dos entrevistados sentem pressão sobre se suas postagens serão bem aceitas (muitos likes). Mais da metade das pessoas entrevistadas dizem que se sentem pressionadas pela positividade forçada que as redes sociais impõem. Ou seja, a “vida perfeita” causa sérios problemas psicológicos.

As consequências

Eu trouxe dados de forma menos aprofundada, pois isso é algo que já é um conhecimento geral atualmente e também porque este não é o meu alvo principal neste texto.

Como vimos, o principal efeito colateral que as redes sociais trazem aos usuários é ansiedade e medo de reprovação por seus envios a estes sites. Ou seja, as pessoas acabam se condicionando a se comportar como a rede social aprova, ao invés de elas serem autênticas, o que leva a algumas consequências nas pessoas, especialmente os mais jovens:

  • Comportamentos imitados
  • Destruição do senso crítico
  • Individualidade deixada de lado
  • Vício no uso de redes sociais

Com certeza tu já deves ter notado isso, as pessoas mais afetadas por todos estes efeitos das redes sociais são justamente os mais novos. Nas ruas, quando uma nova moda é espalhada nas redes sociais, todos já estão seguindo, uma certa opinião é “muito feia, que nojo”, todos param de falar sobre ela e começam a simplesmente dizer que acreditam na exata mesma coisa que viram nas redes sociais.

Agora, tu deves estar a pensar: “ah, mas Gustavo, isso foi um acidente, não era a intenção dessas plataformas, é só nós, como sociedade, cobrarmos mudanças no Sistema Educacional e conscientizar as pessoas…”. Esse é um dos argumentos mais comuns, mas já adianto que é falho! Todas estas consequências, na verdade, são propositais e não são originais dessas redes.

Antes de tudo, temos que tratar da parte de essas plataformas serem superviciantes. Os algoritmos das redes sociais foram projetados exatamente para trazer aos seus usuários enormes quantidades de dopamina (o famoso “hormônio do prazer”) de diferentes formas. A principal é justamente ao mostrar conteúdos que mostram uma vida perfeita, a famosa “perfeição inalcançável”; fazendo isso, o algoritmo que roda lá dentro garante que tu ficará mais tempo usando, trabalhando bem esse seu lado psicológico. Em belo português, são sites maquiavélicos!

O principal problema que vem disso é a ansiedade, pois toda essa pressão social que as redes sociais causam nas pessoas geram um senso de urgência de cumprir o que uma pessoa que está na rede social conseguiu instantaneamente, aparentemente. Dessa forma, as pessoas começam a desacreditar no processo de mudança e de conquista, desistindo de sequer começar um novo projeto de vida, pois, como elas não estão no ponto final com milhões na conta e tudo mais, não valeria a pena.

Conclusão

Enfim, eu poderia seguir esse texto de maneira indefinida demonstrando os problemas que as redes sociais causam na vida das pessoas. Termino esse texto dizendo que deletar as minhas redes sociais foi uma salvação; foi como se eu tivesse tomado de volta o controle de minha vida e voltei a respeitar o processo de mudança. Sendo assim, encerro este texto com esse pequeno relato. Abraço.